O fato é que quem escreve está sempre evoluindo, melhorando, amadurecendo, principalmente quem começa desde cedo. Acho que ao longo dos anos fui crescendo não só na vida, mas na escrita também!
Então vou postar aqui um texto que foi publicado no Recanto no ano de 2009 (foi quando abri uma conta lá) mas que provavelmente é mais antigo que isso. Um beijo, e feliz dia dos escritores!
O Assalto
- Parada aí!
- Ai, o quê?
- Me passa o dinheiro, isso é um assalto!
- Eu não tenho.
- MENTIRA! Me passa, anda filha da puta! Olha que estou armado hein. – Disse apontando para baixo da camiseta.
- Mas eu não tenho senhor bandido, eu juro! Não tenho dinheiro. Estou voltando da escola.
- Então passa o celular!
- Eu também não tenho.
- Então passa o mp4, o mp3 o que você tiver!
- Você não tem vergonha de assaltar alguém pobre? Por que não assalta alguém que é rico?
- Cale a boca! Me passa!
- Mas eu não tenho, já disse!
Nesse momento, um segurança, que estava de frente a um restaurante se aproxima e pergunta a garota:
- Esse moço está incomodando você?
- CALE A BOCA! Isso é um assalto! E eu estou armado!
- Opa! Opa! Cuidado com isso aí. – Disse o segurança assustado.
- Me passa a grana!!!
- Oi amor! – Aproxima a esposa do segurança, e lhe dá um beijo.
- Amor... – Responde ele com medo.
- Mas que palhaçada! Parada aí vagabunda! – Grita o ladrão.
- Oh, o que está havendo? – Pergunta a mulher.
- É um assalto. – Responde a garota.
- Cale a boca garota! – Responde o assaltante.
- Ai meu deus! Não me mate não, não me mate! – Responde a esposa do segurança, aflita.
- Me passa a bolsa! ANDA!
- A bolsa não! – Ela lamenta.
- Anda logo, eu estou armado!
- Então espere! O celular... O celular! POR FAVOR!
- Não enche, me dê isso aqui!- Toma a bolsa da mulher.
Nesse momento o celular começa a tocar.
- Ai moço! É minha filha! Eu sei que é ela. É caso de vida ou morte! Ela vai fazer uma cirurgia. É urgente. Deixe-me falar com ela rapidinho, e então eu lhe dou a bolsa e o celular.
- Vai logo então. Atenda.
- Alô filha! Minha filha!
- Oi mãe, está tudo bem? – Do outro lado da linha.
- É... está sim... – Gaguejou.
- Então mãe... Daqui 15 minutos entro na sala de cirurgia. - Do outro lado da linha.
- NÃO! Espere mamãe chegar. Deixe eu falar com o médico.
- Ora, me dê isso aqui! – O assaltante toma o celular da mulher.
- FILHA! – Grita em vão.
- Cale a boca. – Desliga o celular.
- SEU ABUSADO! Me dê esse celular. É MINHA FILHA, ME DÁ ISSO AQUI!
A mulher então avança em cima do assaltante tentado pegar o celular.
- Meu amor, está louca! Pare, acalma-se! - Grita o segurança.
E então, por um descuido, a arma do assaltante cai no chão.
- A arma dele! – Diz a garota.
- Pega! Pega! – Diz o segurança.
- Nossa! Olha só! É de mentira. Que feio! – Observa a garota.
- É de mentira é? – Pergunta a mulher se aproximando e examinando a arma.
- Que bandido fajuto! - Exclama a garota!
- Nem para usar uma arma de verdade! – Reclama o segurança.
- Segure ele, amor! – Grita a esposa.
- Venha cá seu vagabundo!
- E devolva a minha bolsa! – Diz a mulher bravamente.
- Ligue pra policia amor! – Diz o segurança.
- Ta. Mas antes, me deixa ligar para nossa filha. Ela tem que esperar a gente chegar antes de entrar na sala de cirurgia!
A obra Seja Feliz Com a Carol-ol-ol de Carolina Hanke foi licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição - Uso Não-Comercial - Obras Derivadas Proibidas 3.0 Brasil.
Com base na obra disponível em carol-ol-ol.blogspot.com.
Realmente, evoluiu muito de lá pra cá. Mas, não só sobre erros de concordância e coisas assim (todo escritor tem isso e na hora aquela virgula pode ter feito sentido, ou não). Os temas mudaram, você mudou...
ResponderExcluirFico feliz por ter acompanhado um pouco disso.
Continue a nadar...
Ioiota xD