19 de fevereiro de 2014

Xerecas

Ou pererecas, ou xanas, xavascas, periquitas, ou simplesmente vagina. 

A vagina é o nome mais comum dada para o órgão reprodutor feminino. 



va·gi·na 
substantivo feminino
1. [Anatomia] Canal que conduz ao colo do útero e que se abre na vulva.

Esta parte do corpo humano existe desde que o mundo é mundo. Ainda não se sabe quem nasceu primeiro: A vagina para dar a luz ao homem, ou o homem para fecundar na vagina. 

Na realidade, muito antes de Galileu Galilei descobrir que o mundo (mundo = conjunto dos corpos celestes, firmamento, universo, globo terrestre, esfera armilar, astro; humanidade.) era redondo, antigos estudos gregos sugeriram que o mundo era uma vagina gigante, o que faz muito sentido. 


Acreditava-se que seu formato era como a vagina de uma mulher, e que pra lá do mar, onde não era possível se chegar, haveria um buraco negro que poderia engolir quem quer que chegasse perto. 

Já os índios acreditavam que se alcançasse este buraco negro, estariam em contato com a Luz Divina, e assim como o esperma, entrariam lá e saíram de novo, ressuscitados. 



Após a descoberta de Galileu Galilei e os avanços tecnológicos e científicos, o significado da vagina feminina se tornou menosprezada. O homem passou a dar maior importância pela sua função sexual, esquecendo-se que elas (as xoxotas) são praticamente pães de queijo Forno de Minas, é por lá que o homem entra e é por lá que o homem sai.  O significado de homem neste texto é refente a vida humana, só pra constar.
A vagina é um órgão sofredor. Com toda sua delicadeza escondida, é por lá também que ela sangra todos os meses, como resultado de um ciclo natural da vida feminina. E nesta aparelhagem toda, ainda possui o canal que sai o xixi, mas diferentemente dos pênis, que podem ser colocados para fora a qualquer momento e a qualquer lugar (não necessariamente em qualquer momento e nem em qualquer lugar) ela jamais conseguirá fazer xixi em uma parede com tanta facilidade, sempre precisando estar confortavelmente em um vaso sanitário (limpo, de preferência). 
É sofredora porque não importará a dor, ela irá se dilatar para que o bebê de lá possa sair. E depois voltará "ao normal". Quantas e quantas vezes for necessário.
É sofredora porque, com esta sociedade moderna e capitalista, precisa ser depilada à cera periodicamente, para que o biquíni de bolinha amarelinha tão pequenininha não mostre nenhum pentelho. 
É sofredora porque na primeira vez em contato com o ato sexual, ela, toda pequenininha, inexperiente e intacta, passa pela sofredora e dolorosa ruptora do hímen. 
Elas estão em todo o mundo, mas sua reputação varia de acordo com o país e sua cultura. Umas sofrem mais, outras sofrem menos. 





Tem as religiosas, 









as piriguetes








as novas, 








as velhas, 












as rock and roll, 




e as traficantes. 






Existem vaginas de todas as cores,
De várias idades, de muitos amores.

Existem vaginas do tipo atrevida,
Do tipo acanhada, do tipo vivida.
Casada carente, solteira feliz.
Existe a donzela e até meretriz.

Vaginas cabeça e desequilibradas.
Vaginas confusas, de guerra e de paz ♪♪


[Adaptação Mulheres, Martinho da Vila]


Leia também: Bundas / Seios / Pirocas



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10 de fevereiro de 2014

Bundas

A palavra bunda chegou ao Brasil com os negros que vieram de Angola, na África, especificamente do idioma Kimbundu, também conhecido como Umbundu, M'bundo, Quimbundo, Ovimbundu, South Mbundu, Nano, Mbali, Mbari e Mbundu Benguella.

Mas na realidade, muito antes dos Africanos usarem esta palavra em suas línguas, na Antiga Grécia, as pessoas já utilizavam a palavra, que era Bunducufus, cujo significado servia para designar a parte das cadeiras e/ou qualquer objeto que pudesse se sentar; os assentos. Posteriormente, com a tecnologia e as trocas de cartas por meio de pombos correios(?), misteriosamente esta palavra chegou a cultura Africana, e posteriormente, ao Brasil, sendo muito utilizada até os dias atuais.

A bunda é a parte traseira do corpo humano formada pelos músculos glúteos.
Sinônimos:
Nádegas;
Bumbum;
Traseiro;
Buzanfa;
Pandeiro;
Poupança;
Rabo.

Eu estava pensando que quase todos os animais terrestres possuem um rabo. Não que a bunda não seja um tipo de rabo, mas estou me referindo a rabos maiores, que balançam e tudo mais. Vejam por exemplo: gatos, cachorros, raposas, vacas, cavalos, elefantes, girafas, gambás, lobos, esquilos, e por aí vai. 
Nos cachorros e gatos, por exemplo, o rabo serve como parte de comunicação e indica estado de humor do bicho.
E então fiquei imaginando se nós, seres-humanos, possuíssem rabos no lugar das bundas...
Imagine nosso rabo balançando, assim, como os cachorros, a cada sentimento. Isso seria um caos.
Imagine só o marido e sua mulher no restaurante, aí passa uma bela mulher, um mulherão, com seios fartos e... Um rabão! O marido olha discretamente, mas seu toco de rabo começa a balançar, e ele não tem poder sobre esse tipo de movimento. 
Também pode acontecer de você, no seu local de trabalho ou faculdade, se interessar pelo chefe ou pelo professor. E toda vez que ele aparecer, o seu rabinho começar a balançar feliz.
Haverá também às vezes em que, no seu aniversário de sete anos, sua tia lhe dê meias ao invés de brinquedos, e incontrolavelmente, o seu rabo não balançar, e consequentemente, sua tia perceber que você não gostou do presente.
E, pior ainda, seria o índice de divórcios.
A esposa compraria uma linda lingerie e colocaria pro seu maridão.
- Gostou?
- Sim, sim. - Responderia o marido, mas seu rabo responderia outra coisa. Ficaria murcho, sem vida, como o cão arrependido, com suas orelhas tão fartas, com seu osso roído, com o rabo entre as patas...
Não sei como isso funcionaria no transporte púbico lotado. Rabos enroscando em bolsas, ou ficando presos entre o vão da plataforma, ou ainda, sendo fechados para o lado de fora da porta do metrô. 
De fato, a natureza por deveras é sábia demais, e foi suficientemente inteligente em não desenvolver rabos para os seres-humanos.

Leia também: Seios / Xerecas / Pirocas



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