8 de abril de 2012

Uma pequena história de uma pequena garota

- Mãe... – Ela chegou chorando e indo aos braços de sua mamãe.
- O que foi minha princesa?
Ela chorava loucamente, e não quis contar.
Nos dias que se estenderam, ela ficava trancada no quarto olhando fixamente para um livro, mas não o lia, parecia chocada:
- Meu amor, você não vem comer não?
- Não posso, tenho que ficar aqui.
A mãe começou a ficar preocupada com a garota, que andava assustada e cabisbaixa.
- Minha querida, conte para a mamãe o que está acontecendo e porque tanto fica com esse livro, que não parece muito agradável.
- Mamãe, - ela soluçava – é com o professor...
- O meu bem, o que ele fez pra você? Que vou lá reclamar! – a mãe já ficou atenta, ninguém poderia deixar seu bebê naquele estado.
- Ele às vezes é muito bravo.
- Mas bravo quanto?
- Muito bravo... Às vezes, ele arregala os olhos e dá tapão na mesa.
- Mas ele nunca encostou um dedo sequer em você, NÉ?
- Não, de maneira alguma!
- E o que mais ele faz?
- Ele quer que rigorosamente, façamos parágrafos em três tempos. E mamãe, eu não sei o que é isso.
- Ah minha querida, não fique assim... essas coisas de estudo são assim mesmo. – A mãe deitara a menina em seu colo.
- Ô mãe – a garota choramingava – e às vezes ele berra: “ENTÃO VÃO PARA CUBA SE NÃO GOSTAM DO BRASIL!” – e todos ficam assustados.
- Ah, talvez seja só um sermão.
- Acho que ele vai bater em mim.
- Um professor não pode fazer isso, pare de bobeira. Isso não vai acontecer, pare de ter medo.
- Mãe, dorme comigo?
- Claro, querida.
E a garota dormiu com sua mãe. Pois ela teria que estar calma para ir para a Faculdade e responder quais foram as causas que levaram a apatia política no Brasil e como os profissionais de comunicação poderiam amenizar a situação.






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A obra Seja Feliz Com a Carol-ol-ol de Carolina Hanke foi licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição - Uso Não-Comercial - Obras Derivadas Proibidas 3.0 Brasil.
Com base na obra disponível em carol-ol-ol.blogspot.com.

2 comentários:

  1. Bom dia, Carolina.
    Eu também não sei o que é uma parágrafo em três tempos e nem por isso estou me escabelando, sabia?
    Ah, mas não é você que está choramingando apavorada, é a personagem?
    Sei...
    Abraço, Carolina.

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