10 de fevereiro de 2014

Bundas

A palavra bunda chegou ao Brasil com os negros que vieram de Angola, na África, especificamente do idioma Kimbundu, também conhecido como Umbundu, M'bundo, Quimbundo, Ovimbundu, South Mbundu, Nano, Mbali, Mbari e Mbundu Benguella.

Mas na realidade, muito antes dos Africanos usarem esta palavra em suas línguas, na Antiga Grécia, as pessoas já utilizavam a palavra, que era Bunducufus, cujo significado servia para designar a parte das cadeiras e/ou qualquer objeto que pudesse se sentar; os assentos. Posteriormente, com a tecnologia e as trocas de cartas por meio de pombos correios(?), misteriosamente esta palavra chegou a cultura Africana, e posteriormente, ao Brasil, sendo muito utilizada até os dias atuais.

A bunda é a parte traseira do corpo humano formada pelos músculos glúteos.
Sinônimos:
Nádegas;
Bumbum;
Traseiro;
Buzanfa;
Pandeiro;
Poupança;
Rabo.

Eu estava pensando que quase todos os animais terrestres possuem um rabo. Não que a bunda não seja um tipo de rabo, mas estou me referindo a rabos maiores, que balançam e tudo mais. Vejam por exemplo: gatos, cachorros, raposas, vacas, cavalos, elefantes, girafas, gambás, lobos, esquilos, e por aí vai. 
Nos cachorros e gatos, por exemplo, o rabo serve como parte de comunicação e indica estado de humor do bicho.
E então fiquei imaginando se nós, seres-humanos, possuíssem rabos no lugar das bundas...
Imagine nosso rabo balançando, assim, como os cachorros, a cada sentimento. Isso seria um caos.
Imagine só o marido e sua mulher no restaurante, aí passa uma bela mulher, um mulherão, com seios fartos e... Um rabão! O marido olha discretamente, mas seu toco de rabo começa a balançar, e ele não tem poder sobre esse tipo de movimento. 
Também pode acontecer de você, no seu local de trabalho ou faculdade, se interessar pelo chefe ou pelo professor. E toda vez que ele aparecer, o seu rabinho começar a balançar feliz.
Haverá também às vezes em que, no seu aniversário de sete anos, sua tia lhe dê meias ao invés de brinquedos, e incontrolavelmente, o seu rabo não balançar, e consequentemente, sua tia perceber que você não gostou do presente.
E, pior ainda, seria o índice de divórcios.
A esposa compraria uma linda lingerie e colocaria pro seu maridão.
- Gostou?
- Sim, sim. - Responderia o marido, mas seu rabo responderia outra coisa. Ficaria murcho, sem vida, como o cão arrependido, com suas orelhas tão fartas, com seu osso roído, com o rabo entre as patas...
Não sei como isso funcionaria no transporte púbico lotado. Rabos enroscando em bolsas, ou ficando presos entre o vão da plataforma, ou ainda, sendo fechados para o lado de fora da porta do metrô. 
De fato, a natureza por deveras é sábia demais, e foi suficientemente inteligente em não desenvolver rabos para os seres-humanos.

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A obra Seja Feliz Com a Carol-ol-ol de Carolina Hanke foi licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição - Uso Não-Comercial - Obras Derivadas Proibidas 3.0 Brasil.
Com base na obra disponível em carol-ol-ol.blogspot.com.

2 comentários:

  1. Eu acho que no fundo, a indústria até vai desenvolver um rabo para ser usado fora dos filmes pornôs pois assim poderão personalizar com algum produto que se lucre muito, muito mesmo. Em um universo paralelo onde os humanos tem rabo ou cauda os trens e ônibus são um pouco maiores e a capacidade é diferente para que possamos ter mais espaço para balançar o rabo ou garantir que ele não fique amassado.
    Gostei do post, sério. Algo que eu não tinha pensado.

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  2. hahaha
    Realmente, se tivéssemos um rabo, seria um caos! Ou será que as pessoas saberiam lidar melhor com a verdade?
    Ótimo texto! Adoro esse blog!
    Abraços, Sophie

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