28 de dezembro de 2014

O Homem que sabe das coisas

- Alejandro, você que é o homem que sabe de tudo.
- Oi. Sim, sou eu mesmo.
- Me dê um conselho. Eu dei um presente para um rapaz que estou ficando, mas ele não é meu namorado. Você acha que assustei ele?
- O presente foi uma aliança?
- Não. Foi chocolate. Me diga algo sábio.
- Ele achou bonito.
- Depois fiquei insegura achando que ele me achou louca grudenta e que nunca mais vai olhar na minha cara.
- Não. Quer dizer... Depende. Dentro do chocolate tinha uma aliança?
- Não tinha aliança!
- Então ta certo.
- Era só um chocolate.
- Meio amargo ou trufado?
- Meio amargo.
- E era em formato de coração?
- Não. Foi algo bobo que você também pode comprar.
- Eu tenho que dar presente pra ele também?
- Não, né.
- Então está tudo bem. 

Leia também: O Homem que Sabe das Coisas: enrolar no trabalhoO Homem que Sabe das Coisas: miguxo / O Homem que Sabe das Coisas: Parábolas / O Homem que Sabe das Coisas: flerte fatal


Licença Creative Commons
A obra Seja Feliz Com a Carol-ol-ol de Carolina Hanke foi licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição - Uso Não-Comercial - Obras Derivadas Proibidas 3.0 Brasil.
Com base na obra disponível em carol-ol-ol.blogspot.com.

10 de dezembro de 2014

Paranóia de Verão


Algumas mulheres ficam preocupadas em estarem magras, malhadas e bronzeadas no verão. Eu não. Minha preocupação com o verão são as baratas! E não to falando desta vez sobre as baratas que tomam o lugar das borboletas no estômago. To falando das baratas que aparecem voando no seu quarto de noite! Aquelas que aparecem repentinamente no corredor da sua casa e você fica fazendo uma dancinha ridícula para que ela não passe por cima de você! Aquela que aparece atrás do espelho quando você esta lavando o rosto!

Malditas sejam! É só chegar o verão que elas começam a aparecer em t.o.d.o.s os lugares. É na rua, em casa, na faculdade, na praia ou numa casinha de sapê.

É uma dura batalha para que elas não entrem em sua casa, e caso entrem, é uma dura batalha para matá-las, e quando matamos, é uma dura batalha para eliminá-las. QUEM É QUE QUER PEGAR NA BARATA PRA JOGAR FORA? Eu é que não quero. Eu não quero nem pensar na possibilidade de ter que pegar em uma barata, mesmo com luvas, mesmo que ela esteja morta.

Sim, eu admito aqui para todos. Saí gritando outro dia pela casa de noite “PAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAI”. O coitado apareceu de pijamas ofegante:

                 - QUE ACONTECEU?


- TEM UMA BARATA NA SALA!


- Você me acordou pra isso?

Acontece que quando eu trombei com ela, primeira coisa que fiz foi ir atrás do veneno de baratas. Só que estava no fim e eu só consegui espirrar o veneno uma vez. A nojenta ficou se debatendo com as patas pro alto.

Quem é que pode com uma coisa dessas? Acho essas baratas de uma ousadia tamanha! Entram em nossas casas, amedrontam todo mundo, correm pela casa, se escondem, se multiplicam! 



E é só o verão chegar que elas chegam junto achando que estão de férias.








Leia Também: Quando Borboletas viram Baratas


Licença Creative Commons
A obra Seja Feliz Com a Carol-ol-ol de Carolina Hanke foi licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição - Uso Não-Comercial - Obras Derivadas Proibidas 3.0 Brasil.
Com base na obra disponível em carol-ol-ol.blogspot.com.